As fases do casamento

“Se o Senhor não edificar a casa… [...] Bem aventurado todo aquele que teme o Senhor e anda nos seus caminhos! [...] O Senhor te abençoe… e vejas os filhos de teus filhos”
Salmos 127Salmos 128

Introdução

Na mensagem passada refletimos sobre “Amizade, amor ou paixão?”

Hoje vamos refletir sobre as fases do casamento…

Gn. 2.18 e 24 – “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea. Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne.”

Perceba duas coisas:

  1. A família foi  ideia de Deus. É instituição Dele de tal maneira que ela sempre existirá, pois foi inventada para ser os blocos que constroem a sociedade.
  2. Deus criou Adão, colocando-o em um ambiente perfeito. Adão tinha tudo o que queria, mas Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só.” Isto ainda é verdade seja você casado ou solteiro. Pessoas foram feitas para pessoas. Nós precisamos de relacionamentos. Seja você casado ou solteiro, você precisa ter um relacionamento profundo e ter pessoas que se preocupem com você. O homem não foi feito para ficar sozinho. Por isso Deus criou a família. Depois Ele olhou e disse: “Agora é bom.”  (cf. Sl 68:5,6a)

Os quatro estágios da Família:

I. A formação da Família, Sl.127:1,2

Primeiros seis anos, até chegada do primeiro filho..

Sérios perigos de separação…

Um precioso tempo de adaptação – o desafio dos relacionamentos, dos papéis no lar, vida sexual, do planejamento familiar, do orçamento familiar…

Tempo de fortalecimento das bases, dos valores…

O Senhor deve ocupar o centro e o coração da família. O Senhor o elemento essencial na edificação da “casa”.

Relacionamento permeado pelo Senhor e Sua palavra.

“O Senhor edifica a casa” e “guarda a cidade”… Mas, materialismo, consumismo, competição… tiram o foco do Senhor sendo “vão” o trabalho, o vigiar, o levantar de madrugada e repousar tarde, para “comer o pão de dores”.

Tenha sempre em mente – O Senhor deve ocupar o centro e o coração da família. O Senhor o elemento essencial na edificação da “casa”.

II. A expansão da Família, Sl.127:3-5

Chegam os filhos – cada filho é “fruto”, “herança”, e “galardão” do Senhor.

Devemos valorizar os filhos como Deus valoriza, e como “flechas” ajuda-los a atingir o “alvo” que Deus quer que atinjam (cf. Gl 4:19).

Nesta fase muda a relação do casal, pois já a família cresceu…

Aumenta a complexidade do relacionamento, as trabalho e os desafios financeiros se tornam maiores…

A identidade de cada um, e os papeis devem estar bem definidos…

Esta é a mais longa das fases, com todos os seus perigos: foco nas tarefas, nas pressões, nas responsabilidades, em detrimento dos relacionamentos (leitura do artigo “Família em Primeiro lugar”, de Stephan Kanitz); negação da identidade e dos sonhos (há cônjuges que se anulam, e mais tarde se arrependem, se cobram, culpam o casamento, o cônjuge, os filhos); foco excessivo nos filhos, deixando de lado o desenvolvimento da vida conjugal, da afetividade, do companheirismo…

Filhos devem ser vistos como benção do Senhor, fruto do amor conjugal, e devem crescer em segurança num lar onde pai e mãe temem ao Senhor, e se amam…

Pv 14:26 – “No temor do Senhor há firme confiança, e os filhos terão um lugar de refúgio.” … Os seus filhos têm um lugar de refúgio e segurança? A Bíblia diz que Deus criou a família para ser um abrigo nas tempestades. (Warren).

III. Os anos da formação dos filhos, Sl.128:1-3

Filhos crescidos, jovens instruídos, amados, disciplinados…, mas, já estudando fora, ou trabalhando, ou casando, mas ainda dependentes dos pais, e ou morando com os pais… (é a fase que eu e Raquel estamos, depois de 33 anos de casados – nossos filhos: Henrique e Lídia já casados, mas, Guilherme ainda morando em casa, com casamento agendado para Outubro)…

Exaustão física, emocional, financeira (com universidades, casamentos etc.). Mas, é o tempo em que os filhos ainda estão “em volta da mesa” (algo que infelizmente a TV, a correria do trabalho roubou na maioria das casas, mas que pode e deve ser resgatado…).

Tempo que pais e mães começam a questionar se a “a vida é só isto”, e o “que farão agora que os filhos saíram de casa”, e que correm o perigo de viverem a “sombra do passado”… Tempo das famosas crises da meia idade…

Cuidado, pois nesta fase há muitas separações, pois quando os filhos começam a sair de casa, o casal descobre que não se conhece, pois viveram para o trabalho e ou para os filhos, e não desenvolveram amor, amizade, afetividade, respeito… um pelo outro.

Se cada fase foi bem trabalhada, os pais são modelos de autenticidade: verdadeiros cristãos (“Feliz o ano que teme ao Senhor”); pessoas; vulneráveis… Os filhos respeitam os pais, e são amigos de seus pais… Marido e esposa vêm o fruto (filhos, e suas realizações) de suas vidas sob a graça de Deus… Tempo de continuar sonhando, de construir novos sonhos…

V. Os anos outonais, Sl.128:4-6

A fase do “Ninho vazio”…

Muitas vezes, nesta fase os filhos divorciados voltam para morar com os pais, e ou os netos vão morar com os avós… Também é  a fase que um dos cônjuges já faleceu…

Debaixo da benção do Senhor é tempo de ver “os filhos do filhos”, e de viver tempo desfrutar da “paz”, das bênçãos divinas na velhice!

Se passou bem por cada fase, superando no Senhor todas as crises, o relacionamento conjugal está mais fortalecido. E, você não será uma pessoa idosa amarga, rancorosa, murmuradora… E, nem com “cheiro de naftalina”, de alguém que parou de ser útil e de sonhar…

Tempo de ser um homem mais velho e uma mulher mais velha que instruí os mais jovens (Tt 2:1-5). Ser avós que impactam seus netos e as gerações futuras a serem “felizes”, por “temerem ao Senhor”.

Tempo dos dias “maus” de Eclesiastes 12, mas dias de alegria e esperança nutrido pela visão dos “céus” (1 Ts 1:9,10;

Conclusão

Esperança para a minha família está no Senhor, Sl 127, 128.

Mateus 11:28-30 – vá ao Senhor…

E os solteiros? Os que nunca casaram, os viúvos e os que um dia foram casados? Duas coisas:

  1. Não desconte ou ignore os parentes que você tem — irmãos, irmãs, mães, pais, quem quer que seja que esteja vivo neste ponto de sua vida. Não ignore esta família!
  2. Entenda que, como crente, você é parte de uma grande família que, em Gálatas 6.10, está se referindo à igreja. A igreja é chamada de “a família dos crentes”. Esta é apenas uma família maior, um expressão maior do que deveria estar acontecendo em nossas famílias menores. Comprometa-se com uma família local.

Tudo o que Deus disse para fazer na família natural, biológica, nós temos que fazer como igreja… Se você não tem uma família natural próxima onde você vive, faça desta igreja a sua família (Warren).

(Próxima mensagem – Maio 06, 10hs e 19hs – “Felizes para sempre – sonho ou ilusão?”).