Garantias da ressurreição de Jesus Cristo

Mensagem: A ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte, e da consumação do plano eterno de Deus; e, a garantia, de que a vida prática, presente, não é vã em Cristo, 15.29-34.

ESBOÇO:

INTRODUÇÃO

A. Recordando

Como temos estudado nesta série em 1 Coríntios, a Igreja em Corinto tinha uma série de dúvidas e problemas, na área doutrinária e relacional e comportamental, e o apóstolo Paulo está tratando destas questões…

No domingo, 17.03.2019, nesta série de mensagens em 1 Coríntios, refletimos "Os alicerces do evangelho”, 1 Co 15.1-19. Refletimos de que "O verdadeiro evangelho tem como alicerces os fatos históricos que Cristo morreu pelos pecados da humanidade, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras".

B. Mensagem de hoje, 24/03 - Garantias da ressurreição de Jesus Cristo, 1 Co 15.20-34.

A ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte, e da consumação do plano eterno de Deus; e, a garantia, de que a vida prática, presente, não é vã em Cristo, 15.29-34.

Analisemos esta afirmação

I. A Ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte; e, da consumação do plano eterno de Deus, 15.20-28.

1.  Ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte… 15.20-23.

15.20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. […] 22 Porque, assim como em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.

Primícias (‘aparchē’), a palavra significa a primeira leva da colheita, que prenuncia e serve como penhor da oferta total do todo (Barret). (15.16). 

A ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da ressurreição dos que dormem (koimaō’) … linguagem figurativa para referir-se aos que morreram, morrem, em Cristo, ou seja referência aos verdadeiros cristãos que já morreram, e aos que morrerão… 15.18, 51Mt 27.52; At 7.60.

“Todos" (v. 22) não se refere ao “universalismo”, a salvação de todos os seres humanos, sim todos os que creem em Jesus Cristo (Jo 1.12; 3.36). Todos os mortos em Cristo, serão vivificados (‘zoopoieo’) em Jesus Cristo.

Hb 2.14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, desses também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.

Na cruz, Jesus Cristo venceu o diabo, o pecado, e a morte… Mas, ainda há parte da história a ser cumprida, e a ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da consumação do plano de Deus (Ap 20-22).

2.  Ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da consumação do plano eterno de Deus, 15.20-28.

15.23b … Depois, os que são de Cristo na sua segunda vinda.

Jesus Cristo, Ele que já venceu,  virá para reinar e "concretizar" a Sua vitória sobre o diabo, e a morte (Ap 20).

Fp 2.9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

Jesus Cristo que do ponto de vista legal já é o Senhor deste mundo, se tornará de fato o Senhor sobre todas as coisas.

15.28 Quando, porém todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

A Ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte, e da consumação do plano eterno de Deus.

II. A ressurreição de Cristo é a garantia de que a vida prática, presente, não é vã em Cristo, 15.29-34.

1. A nossa prática religiosa, deve ser coerente com a nossa crença, 15.29.

O v. 29 é um texto de difícil interpretação. Como afirmou o apóstolo Pedro, o apóstolo Paulo escreveu: “certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam” (2 Pe 3.16).

Para não cair na deturpação dos “ignorantes e instáveis”, afirme-se que este texto não está se ensinando, validando "a salvação de uma pessoa morta, por meio do batismo de outra pessoa viva”. Ou seja, o batismo de um vivo, não salva alguém que morreu incrédulo… A salvação é única, exclusivamente, por meio Jesus Cristo, como vimos na mensagem passada, 1 Co 15.1-4, como nos ensina as Escrituras.

O que podemos afirmar com certeza é de que Paulo confronta a incoerência de uma prática, sendo a mesma contrária a crença.

2. A ressurreição dá sentido e valor eterno aos sofrimentos enfrentados por causa de Cristo, 15.30-32

15.30 E por que também nos expomos a perigos a toda hora?

Se não a ressurreição de mortos… Então Jesus Cristo não ressuscitou… E, se Cristo não ressuscitou é vã a pregação do Evangelho, a fé em Cristo, e a esperança preservada nos céus… Se tudo isso é vão, inútil, então por que trabalhos, sofrimentos, desgastes etc., por causa de Cristo, Evangelho, Igreja???

15.32b … Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.

Se não há ressurreição de mortos, vamos curtir a vida, viver para os prazeres deste mundo, pois tudo acaba com a morte!!!

15.20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

Logo - no Senhor o nosso trabalho não é vão (15.58), e os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós (Rm 8.18).

3. A ressurreição  nos encoraja a vida de santificação, 15.33,34

15.33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.

Corrompem (‘phtheirō’), destroem, desviam…

A palavra de Deus nos adverte de que há companhias, inclusive na igreja entre os chamados cristãos, que conduzem outros ao viver fora dos padrões morais e éticos de Jesus Cristo.

15.34a Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis …

Sobriedade (éknepho’), mente sobria, sem embriaguez…

Justo (‘dikaios'), o que é de acordo com a lei da retidão…

Não pequeis (‘hamartano’), não estar fora do padrão de Deus, não andar no erro…

“A esperança na ressurreição é santificadora; ele leva a uma vida piedosa e não à corrupção”, (MacArthur).

15.20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

Logo - 1 Jo 3.3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem essa esperança, assim como ele é puro (cf. 3.1,2).

E, nesse viver em serviço e santificação em Jesus Cristo, temos que nos preocupar com aqueles que “… ainda não têm conhecimento de Deus …” (15.34).

Conclusão

A ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da vitória sobre o diabo, o pecado, a morte, e da consumação do plano eterno de Deus; e, a garantia, de que a vida prática, presente, não é vã em Cristo, 15.29-34.

Felizes são todos aqueles cuja  fé, que vem pelo ouvir a pregação da palavra de Cristo (Rm 10.17), está em Jesus Cristo - único e suficiente Senhor e Salvador, pois Nele têm a vida eterna -  o viver pleno de satisfação e significado, e a esperança reservada nos céus (Cl 1.5).

Notas:

Palavras gregas, pesquisa, no e-Sword, Bible Study - RA Strong’s; RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon. “Chave lingüística do Novo Testamento grego”, São Paulo: Vida Nova, 1985.

Lembre-se:

A sua responsabilidade, debaixo da graça e capacitação divina é a de perseverante, e confiantemente aplicar os princípios e as verdades divinas que tens ouvido (Fp. 2.12,13; 1 Tm. 4.7-9; Tg. 1.22-27). Ao meditar nesta mensagem, pergunte-se:

  • O que  Deus quer transformar no meu modo de pensar e agir?

  • Como eu posso colocar isso em prática na minha vida?

  • Qual o primeiro passo que darei nessa direção (para que haja real transformação em minha vida)? 

Conheça... Creia... Aproprie-se... E, pratique a verdade divina para que experimentes a vida plena que há em Jesus Cristo (João 10.10). 

Pr. Domingos Mendes Alves

Domingos M. Alves